“Gab é, sem dúvida, uma das melhores poetas da nova geração ligadas à forte tradição concretista. Seu trabalho em torno de simetrias e dissimetrias quer des-vendar rimas visuais, o verso e o seu avesso, colorir letras para que novas palavras emerjam. E, finalmente, ela nos faz ver que sabe “vender sua ideia”, inserindo no livro os seus inutensílios poéticos, que explora a fronteira, cada vez mais extensa, entre poesia e artes plásticas. A poesia não quer segurar o tempo, mas este livro tem a rara virtude de saber prender, reter, os ecos de atenção do leitor.” Eduardo Losso – Professor de Teoria Literária da UFRJ
“Parece-me que o maior valor desta poesia é que, mesmo já sendo uma poeta claramente dona de seu instrumento, Gab não abre mão do fascínio da pesquisa com a palavra o que a vai certamente consolidar como uma das boas poetas brasileiras contemporâneas.” Heloisa Buarque de Hollanda
“Gab Marcondes faz parte de uma rara e providencial estirpe de poetas brasileiros contemporâneos que com grande êxito (tanto estético como existencial) convergem em seu trabalho as conquistas e pesquisas formais (ou justamente contra a forma, ou pela sua expansão) de correntes literárias que há décadas se estranham (e se entranham) no Brasil. Transitando seja pela página em branco tradicional, seja pela fotografia, por vídeos, jogos, aplicativos, mapas, performances ou objetos, a poesia de Gab Marcondes, ao mesmo tempo leve (por vezes apenas disfarçada de brincadeira) e profunda (levantando com fino humor e inteligência questões políticas, literárias, feministas…), se manifesta sempre de forma surpreendente e, portanto, renovadora da história e da tradição.” Renato Rezende
“Os poemas visuais de Gabriela são impressionantes. Revelam uma busca incessante de novas relações entre os significantes e os seus respectivos significados. Trata-se de uma poesia em que se percebem articulações formais, condensamentos lingüísticos, descobertas originais e que pode, assim, conquistar um público leitor que ainda tem que ser alfabetizado para o poético, para o jogo lúdico das formas.(…) A poesia de Gabriela Marcondes, sempre inventiva e atenta, lúdica e brilhante, surge, assim, como um sopro de ar fresco e experimental no ambiente cada dia mais conservador em que vivemos, poética e existencialmente. Viva Gabriela, cujos poemas mostram que ainda é possível sonhar com o dia em que a invenção vencerá o medo.” Frederico Barbosa
“Os objetos de Gabriela nos convidam a perceber que todo objeto já pode trazer em si mesmo uma escrita, como se os objetos fossem eles mesmos letras, sílabas: objeto-sentido, objeto-frase, palavra -objeto (…) Brincar de descobrir a escrita dos objetos, deixar-se tridimensionalizar o que é significado. Fazer com que o objeto fale a poesia. A objetificação dos significados nos joga na cara a poesia que quer se expressar. ” Marcus Reis
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https://www.7letras.com.br/autor?id=261
http://revistatpm.uol.com.br/revista/109/bazar/versos-as-vento.html
http://www.cais.ato.br/#!gabmarconde/c1cpb
http://oglobo.globo.com/cultura/revista-literaria-para-marinheiros-9699400
http://ugrapress.wordpress.com/2011/06/08/a-riqueza-da-musica-experimental-em-sao-paulo